E é essa imutabilidade do destino que serviu, precisamente, de suporte a 48 anos de ditadura fascista-católica que remeteram todo um povo a uma miséria, mais do que económica, social e humana extremas. Para citar o Ary, que também escreveu para a Amália, “um país onde o pão era contado, onde quem tinha a raiz tinha o fruto arrecadado, onde quem tinha o dinheiro tinha o operário algemado, onde suava o ceifeiro que dormia com o gado, onde tossia o mineiro em Aljustrel ajustado, onde morria primeiro quem nascia desgraçado.”
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C’est celle-ci l’aube dont je m’attendais
Le jour premier entier et dégagé
Où nous émergeons de la nuit et du silence
Et libres nous habitons la substance du temps