Ano e meio volvido temos Trump nos Estados Unidos, temos o Brexit, temos uma vitória à rasca do candidato ecológico na Áustria e temos a não-vitória do partido de Wilders na Holanda. Das duas eleições europeias referidas (Áustria e Holanda) cantámos vitória a quem quisesse ouvir ignorando que nos dois casos a extrema direita teve mais votos do que nos actos eleitorais anteriores.

Perante este avanço na direcção neoliberal outra solução não restou aos partidos Socialistas europeus, vazios de outro sentido fundamental que não o combate à esquerda de massas (nota: ler a esse sujeito sobre a origem dos termos bolchevique e menchevique), outra solução que não a de “apanhar o comboio” para não se verem deixados para trás. Esta deserção da esquerda moderada face aos valores de esquerda não foi sem consequências, como pudemos atestar aqui há uns anos na cisão do PS francês.