A outra perspectiva do fim da ditadura Fascista portuguesa é o Fascismo. O que a embaixada portuguesa no Luxemburgo nos diz é que o Fascismo e o fim deste estão ao mesmo nível. Pois não estão. Um tiraniza e ou outro liberta, um destrói e o outro constrói. Se a embaixada portuguesa no Luxemburgo quisesse realmente apresentar outra perspectiva teria convidado historiadores africanos. Esses sim, dar-nos-ão a outra perspectiva. A perspectiva de quem ganhou a liberdade, de quem pode deixar de ser cidadão de segunda, de quem deixou de precisar de baixar a cabeça e dizer “sim patrão”.

Essa veleidade que, acabadinho de chegar, lhe permite “congelar” relações com aquele que foi anos a fio o único meio de informação para a comunidade portuguesa é digna de tudo menos diplomata. É, como disse acima, digna de alguém que não tem a menor consideração pelo povo que se pretende a representar. De alguém a quem só a soberba e a petulância podem comandar as acções.