O ser humano é ingrato e a variante portuguesa é conhecida por ter horror à gratidão (e ao elogio) em todas as formas, mas gostava que os mais ingratos dessem uma vista de olhos pelas coisas que o PCP defende e fizesse uma lista daquelas com as quais não concorda.

O Partido Comunista Português foi, o Partido Comunista Português é a maior e melhor escola que tive na minha, nem longa nem curta, vida. Escola de política, de economia, de filosofia, de análise, de solidariedade. Com o Partido Comunista Português me iniciei no método materialista dialéctico, que me guia a análise do mundo que me rodeia. Método que só tenho reforçado à medida que me mergulho mais e mais fundo na filosofia, “arte” que escolhi estudar.

Os chineses abriram restaurantes à nossa porta, os ditos terroristas são hoje governantes respeitáveis e Carl Marx, o ateu barbudo, é um simpático avô que não deixou descendência. O preço dessa construção de terror foi, no entanto, trágico para o continente africano. Em nome da luta contra o comunismo, cometeram-se as mais indizíveis barbaridades.

É muita gente; muita alegria; muita convicção; muito propósito comum. Pode não ser de bom-tom dizê-lo, mas o choque inicial é sempre o mesmo: chiça! Afinal os comunistas são mais que as mães. E bem-dispostos. Porquê tão bem dispostos? O que é que eles sabem que eu ainda não sei?