Entre ter um responsável do polo de formação próximo do PS, entre 2015 e 2018, que era (pelo menos até 2015) o formador com maior número de horas atribuídas, até ter uma mesa do congresso próxima do PPD que fez questão de não permitir que se tentasse uma solução, os culpados são muitos. Com o denominador comum de TODOS serem membros dos dois maiores partidos portugueses. Confirma-se assim a alegação de Liliana Miranda nas páginas do Land de que a CCPL tinha perecido numa guerra de clãs. Os autores da morte são conhecidos, o coveiro a quem calhou a função de abrir a cova e enterrar o corpo será, ainda assim, quem menos responsabilidade tem nisto tudo.

Os que dissolveram o que restava do projecto associativo que um dia foi a CCPL apresentar-se-ão de novo a conduzir os destinos da nau que levaram a encalhar. Darão mais murros no peito, farão mais juras de fidelidade, encherão os pulmões de prantos sacrificiais e bramirão os esforços feitos. Convencidos da índole messiânica da sua missão, seguros pela superioridade da sua fé face aos outros, esses infiéis. Passo a passo subirão a muy nobre representação portuguesa ao cadafalso, beijando cada degrau, murmurando baixinho o nome de Jesus a meio.

A Confederação da Comunidade Portuguesa do Luxemburgo é gerida, há largos anos e de forma cada vez mais marcada, em perfeita desconexão com aqueles que se outorga representar. Os esforços para reverter esta situação são inexistentes e mesmo combatidos, como se pode depreender pela não implementação da única moção aprovada no congresso anterior, que visava precisamente um aproximar às bases desta que se pretende que seja uma organização de cúpula.